Com as remodelações, o ministro das Finanças passa a ser coadjuvado por dois secretários de Estado, designadamente um "para o Orçamento" e outro "para as Finanças e Tesouro".
Já o ministro do Planeamento passa a ser coadjuvado também por dois secretários de Estado, sendo "para o Planeamento" e "para o Investimento Público".
Por sua vez, o ministro da Indústria e Comércio é doravante coadjuvado por dois secretários de Estado: "para a Indústria" e "para o Comércio e Serviços".
A reconfiguração é justificada com a necessidade de conferir-se maior eficiência e eficácia da actuação dos departamentos ministeriais auxiliares do Presidente da República, acautelando a sobreposição de tarefas entre sectores do domínio Económico do Executivo.
Chamado a comentar essa alteração, o economista António Estote defende que a discussão não pode ser sobre a actual orgânica. Este, disse, tem sido o problema.
"A discussão deve partir das necessidades dos serviços e bens que o Estado deve prover. Ou seja, a forma como nos organizamos depende dos processos necessários para prover o bem ou serviço, pelo que anterior a isto deve-se identificar inequivocamente as necessidades dos cidadãos. É assim no sector Privado e deverá ser assim no sector Público naturalmente com as devidas adaptações", afirmou.
Por seu lado, o também economista e produtor agrícola Alcides Gomes, pensa que o problema de alguma ineficiência do Executivo não está, necessariamente, no Organograma. Conforme advoga, para o Executivo ser uma autêntica máquina funcional e que obtém resultados rápidos, que aumentem o bem-estar das massas populares, precisa-se que no seu seio hajam muitos "nguvulus" dedicados, nervosos, práticos; que não sejam amantes de fatos, gravatas e carros de luxos e cuja acção quotidiana seja a resolução incessante de problemas.
"Precisamos que todos os funcionários públicos sejam, urgentemente, convertidos em autênticos activistas do bom ambiente de negócios no país. Precisamos de gente que agregue todos os dias qualidade à despesa pública. Se a gente fizer isso, vocês vão ver só que em setecentos e tal dias, Angola está a caminhar para frente, o povo está contente consigo mesmo e com o Executivo", disse.