08 de setembro de 2024
Sociedade

Um Agente do SIC dispara mortalmente contra três membros da mesma família

- 21 de junho de 2024, publicado porCarla João
Um Agente do SIC dispara mortalmente contra três membros da mesma família

O caso ocorreu por volta das três horas da madrugada de quarta-feira, no bairro Curtume, Distrito Urbano do Kima Kieza, quando as vítimas regressavam de um óbito de um familiar nas proximidades do bairro. 

O porta-voz do SIC-Geral superintendente-chefe Manuel Halaiwa explicou que as três mortes de cidadãos membros da mesma família, ocorreu quando a vizinhança clamava por socorro, devido a supostos meliantes que, munidos de armas de fogo, realizavam assaltos a pacatos cidadãos.

Ao tomar conhecimento, disse, o agente do SIC que encontrava-se a descansar na residência de sua mãe, na sua qualidade de Agente da Ordem, saiu em defesa da vizinhança e, com uma arma de fogo do tipo pistola. "Ao deparar-se com os três indivíduos, próximos a uma casa vizinha, sendo que um estava a escalar o muro para introduzir-se no quintal, no meio a escuridão da zona, e na convicção de serem os mesmos indivíduos que protagonizavam os assaltos, efectuou disparos na tentativa de neutralizá-los, pelo que os tiros foram fatais, acabando por atingir os três indivíduos”, disse.

Acrescentou que como resultado, dois cidadãos conheceram a morte imediata no local, enquanto um outro, acabou por falecer no hospital dos Cajueiros, onde havia sido levado por populares para receber ajuda médica.

O porta-voz do SIC-Geral assegurou que as vítimas não eram meliantes, mas sim membros da mesma família, que saíam de um óbito e ao chegar à casa, por falta de chaves, um tentou escalar o muro e na ocasião, foram confundidos com marginais. 

Manuel Halaiwa fez saber que o presumível autor está em parte incerta, mas diligências decorrem para a sua detenção e consequentemente responsabilização criminal, assegurado que tudo está a ser feito para o esclarecimento total dos factos.

Manuel Halaiwa adiantou por outro lado que no momento da remoção dos cadáveres, houve uma confrontação entre familiares dos malogrados e a Polícia Nacional, situação que levou os agentes a efectuarem disparos de borracha para dispersar, sendo que, uma das balas atingiu um dos cidadãos que passavam nas redondezas, conhecendo a morte, elevando desse modo para quatro mortes. 

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