De acordo com a página oficial da Assembleia, a líder parlamentar teceu tais considerações quando intervinha no Fórum Parlamentar do G20, subordinado ao tema “Mulheres no Poder: Ampliando a Representatividade Feminina em Espaços Decisórios”.
Durante o encontro dos presidentes de Parlamentos dos Estados-membros do G20, Carolina Cerqueira referiu que, no continente africano e nas zonas rurais, ainda existem barreiras ao exercício da cidadania das mulheres e das meninas, por motivos de cultura e tradição, realçando o facto de a situação impedir o acesso das mesmas à educação escolar e à qualificação técnico-profissional, gerando um profundo impacto negativo sobre as gerações futuras.
A líder do parlamento angolano apresentou, na ocasião, propostas conducentes a ampliar a participação de mulheres em cargos de tomada de decisão, tendo destacado que as mulheres devem continuar a usar a voz, inspirar as meninas, jovens e adolescentes, a seguirem os bons exemplos, bem como a trilhar, com firmeza, o caminho dos sonhos.
Caso de Angola
Carolina Cerqueira partilhou a experiência de Angola no domínio da equidade de género, referindo que, no país, metade da população é constituída por mulheres.
Angola, acrescentou a presidente da Assembleia Nacional, tem registado avanços significativos na ampliação da representatividade feminina em cargos de liderança, com vista a reforçar o compromisso com uma sociedade equilibrada e resiliente.
“À título de exemplo, temos no parlamento a liderança de uma mulher, o que representa uma evolução significativa e inédita na história do parlamentarismo angolano”, disse.
O parlamento angolano, sublinhou Carolina Cerqueira, tem uma representatividade feminina de 39 por cento, estando na 25ª posição no ranking de representação, ao nível do fórum parlamentar mundial.