Esperança da Costa, que fazia um balanço da participação de Angola na COP29, concretamente na Cimeira dos Líderes Mundiais, destacou, também, a questão das limitações que existem, principalmente no âmbito do financiamento.
Sobre a importância do financiamento, que deve ser mais acessível aos países que mais sofrem com os efeitos climáticos extremos, como é o caso de Angola e outros, reiterou, mais uma vez, o posicionamento do país.
“Pensamos que foi um balanço positivo. Participámos nesta COP29 para nos juntarmos aos cerca de 190 países que, aqui, estiveram e podermos, uma vez mais, juntar a nossa voz para termos uma acção global mais urgente, no que diz respeito à grande preocupação ambiental, que são as alterações climáticas”, disse a Vice-Presidente da República, minutos antes de deixar o hotel, a caminho para o aeroporto, de regresso ao país.
Durante a Cimeira de Alto Nível, referiu Esperança da Costa houve, da parte dos Chefes de Estado e de Governo, declarações de incentivo, para que todos, no âmbito da colectividade, possam olhar para as alterações climáticas como um fenómeno global e não particular, que deve ser enfrentado de forma unida e com celeridade para se evitar o aumento das temperaturas.
Acções bilaterais
Relativamente às acções bilaterais, a Vice-Presidente da República destacou o encontro de cortesia com o Primeiro-Ministro do Azerbaijão, em que foi passada em revista algumas questões, no âmbito da cooperação bilateral.
Esperança da Costa ressaltou, ainda, os Memorandos de Entendimento de Consultas Políticas rubricados, um com o Governo do Azerbaijão, e outro com Quirguistão, sobre questões de interesse comum.
O encontro com o representante da empresa internacional Equinor, esclareceu, foi uma abordagem na perspectiva da transição energética, no âmbito da des- carbonização do sector Petrolífero para o desenvolvimento de projectos de energias renováveis ou projectos de baixa emissão de carbono.
Com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (FIDA), disse ter servido para uma breve avaliação dos projectos apoiados pela instituição, nomeadamente de sistemas alimentares, apoio à pesca continental em Angola e ao desenvolvimento da agricultura familiar, cujo balanço considera positivo.
"Estamos, também, a ponderar o alargamento deste apoio e estendê-lo a outras províncias do país, para melhorarmos a segurança nutricional e alimentar da população", disse.
Em relação à visita à Universidade Estadual de Petróleo e Indústria, a Vice-Presidente da República referiu que foi na perspectiva de poder retornar aos bons acordos que havia, na área da Ciência e Formação de Quadros, com a República do Azerbaijão, à época em que pertencia à União Soviética.
“Queremos voltar a ter esta boa relação, no âmbito da cooperação, para o domínio da Ciência e Tecnologia, Formação de Quadros de excelência, ligada à tecnologia e desenvolvimento das engenharias, que bem precisamos, no âmbito do bom desenvolvimento que Angola está a ter, programado para os próximos anos, até 2050", justificou.
Manter a cooperação
O ministro da Educação e Ciência do Azerbaijão, Emin Amrullayev, realçou a longa história entre os dois países, sublinhando que o Azerbaijão vai continuar a manter a boa relação com Angola, inclusive, ao mais alto nível.
“Vamos continuar a cooperação, e esperamos ter estudantes angolanos no próximo ano lectivo, em Setembro, aqui, na nossa instituição”, augurou o responsável, que enalteceu a visita de Esperança da Costa à Universidade do país, em Baku.
“Foi uma grande honra termos tido aqui connosco a Vice-Presidente da República de Angola. Para nós, é muito reconfortante”, sublinhou.