Em declarações à imprensa, durante uma visita de constatação ao município de Talatona, o governador realçou que a intervenção vai ser feita de forma faseada, priorizando as zonas mais críticas e vulneráveis.
Luís Nunes referiu que a província de Luanda possui, actualmente, entre 40 e 50 quilómetros de valas de drenagem a necessitar de obras urgentes, sobretudo em zonas onde as ravinas ameaçam destruir diversas residências e as vias principais.
“Passámos por vários locais onde a situação é verdadeiramente preocupante, sendo que há valas com mais de oito quilómetros de extensão, cuja reabilitação requer não só escavação e drenagem, mas, também, o realojamento de famílias e a desobstrução de vias”, reconheceu, sublinhando que são custos elevadíssimos que o Governo Provincial de Luanda (GPL) não consegue suportar de uma só vez.
Apesar das limitações, o governador reafirmou o compromisso do Executivo em encontrar soluções eficazes, de forma a garantir o bem-estar da população e melhorar a questão do saneamento básico nas comunidades.
Para isso, adiantou, está a ser feito um planeamento cuidadoso, de forma a encaixar as obras em duas fases, com acções provisórias nas zonas mais críticas, e uma segunda etapa que prevê a execução de intervenções definitivas quando estiverem reunidas as condições necessárias.
“Estamos a trabalhar com os empreiteiros para que se definam as soluções técnicas viáveis que permitam dar respostas rápidas, mesmo que temporárias, aos problemas mais urgentes”, ressaltou.
As valas de drenagem mal conservadas, reconheceu, são um dos maiores desafios da província, mas garantiu que a acção conjunta entre Governo Provincial de Luanda e a comunidade vai permitir ultrapassar esta fase crítica.
Com as obras a serem programadas e priorizadas, defendeu, o Executivo espera que, nos próximos meses, os efeitos desastrosos da época chuvosa sejam menos devastadores para milhares de famílias luandenses.
A iniciativa, revelou, é parte de um trabalho mais amplo desenvolvido pelo Governo Provincial de Luanda, como forma de promover o saneamento básico, a mobilidade urbana e a segurança das comunidades.
Ocupação ilegal preocupa as autoridades
O governador de Luanda, Luís Nunes, informou, ontem, que a ocupação ilegal de terrenos continua a ser um entrave a nível da província e para resolver o problema, planeia realojar as famílias, em especial as alocadas nas áreas de risco, em zonas com infra-estrutura básicas já garantidas.
“Não vamos construir casas novas, mas vamos dar parcelas de terreno para que as pessoas possam construir as habitações em áreas já com as devidas condições básicas garantidas”, reforçou.As ravinas, realçou, também afectam directamente várias habitações e muitas residências, recordou, foram construídas de forma ilegal e em zonas de risco, como leitos de rios e bacias de acumulação de água.
O governador assegurou que, actualmente, o Governo de Luanda está a estudar as melhores soluções para resolver este problema, assim como travar as construções desordenadas.
