Os diferentes Bancos de Urgências dos hospitais terciários e de nível primário de Luanda ficaram marcados, durante a passagem de ano, por diversas ocorrências, com realce para os casos de malária, seguido das queimaduras, ferimentos por arma branca e de fogo e acidentes de viação.

No Centro de Saúde da Samba, que prestou assistência médica na semana passada e até 1 deste mês, dos 3.445 pacientes com diversas patologias, 845 tiveram de ficar sob observação clínica, de acordo com a directora da unidade sanitária.

Rosa Manuel frisou que entre estes pacientes foram observados 256 com malária, 193 com doenças respiratórias agudas, 70 com problemas de nutrição, 79 com diarreias agudas, 12 com hipertensão artéria, sete com febre tifóide e 33 vítimas de traumatismo, sendo, sete por acidente de viação e 42 por ferimento de arma branca.

Talatona

O Hospital Municipal de Talatona assistiu, na semana finda, 802 pacientes, dos quais, 90 em Ginecologia e Obstetrícia, 47 em Ortotraumatologia, 342 em clínica geral e 323 em pediatria, disse, ontem, a chefe do Banco de urgência, Isabel dos Santos.

A médica referiu que das diferentes ocorrências verificadas nos serviços de urgência, 136 deram positivos à malária, 121 aos problemas respiratórios agudos, 40 a gastroenterologia, 21 a diarreia agudas, 20 às infecções do trato urinário, 16 a hipertensão arterial e um a sarampo. O banco de traumas, acrescentou, atendeu sete vítimas de acidente de viação e oito por múltiplos ferimentos. 

Zango

O Hospital Municipal do Zango II atendeu, na semana passada, um total de 3.191 pacientes, sendo 2.059 no Banco de Urgência, pelos cuidados que inspiravam, disse, ontem, o director clínico da unidade sanitária, Sebastião Senga.

Das patologias registadas, referiu, 1.076 foram diagnosticadas com malária, 95 com diarreias agudas, 54 com hipertensão arterial, 36 com doenças respiratórias agudas. A especialidade de traumas, continuou, assistiu 232 pacientes com diferentes traumatismos, dos quais 49 foram o resultado de agressões físicas e 39 de acidentes de viação.

Sambizanga

O Centro de Saúde do Sambizanga prestou assistência médica, na última semana do ano findo, a 907 pacientes no banco de urgência, dentre os quais, 532 observados com malária, 67 com doenças respiratórias agudas, 64 com desnutrição, 29 com diarreias agudas, 21 com febre tifóide e 19 com infecção urinária, referiu, ontem, a directora-geral da unidade sanitária.

Augusta Chandicua explicou que nas consultas externas 249 pacientes foram examinados em tisiologia, 12 em psicologia e oito em estomatologia.

Neves Bendinha

O Hospital Geral Especializado Neves Bendinha atendeu, na semana passada e até 1 deste mês, 1.537 pacientes com diversas patologias e deste número, 70 foram por queimaduras, dos quais, 11 ficaram internados devido à gravidade das lesões, informou, ontem, o director pedagógico, Mbunga Bondo. Quanto às causas, esclareceu, a maioria aconteceu por acidente doméstico, provocados por líquidos quentes, com 22 casos, óleo quente, com 8, gasolina, com 6, e gás butano, com 3.

Camama

O Hospital Geral de Luanda atendeu, na semana passada, um total de 7.648 pacientes e deu alta médica há 588 deles, informou, ontem, o director clínico da instituição. O médico Magalhães Sobrinho referiu que as principais patologias registadas na área de medicina foram a malária, com 708 casos, as doenças respiratórias agudas, com 385, a hipertensão, com 160, a diarreia, com 135 e o acidente vascular cerebral, com 36.

A área de cirurgia, disse, assistiu 315 pacientes vítimas de trauma, 166 de acidente de viação, 124 de agressão física, 101 de ferimento provocado por arma branca, 82 por atropelamento e quatro de ferimento provocado por arma de fogo.

Cacuaco

A equipa médica do Hospital Municipal de Cacuaco assistiu, na semana finda, 3.788 pacientes, sendo 2.218 nas consultas externas e 1.570 nos bancos de urgência, disse, ontem, a directora-geral da unidade sanitária.

Anizeth Cutatela avançou que as patologias mais frequentes foram a malária (428), a hipertensão e as doenças respiratórias agudas (65 cada). O hospital, frisou, socorreu 101 pacientes vítimas de acidente de viação, enquanto que a área da maternidade realizou 90 partos.

Cazenga

O Hospital Geral dos Cajueiros atendeu, na semana passada, 3.584 pacientes, dos quais 921 com malária, 309 com hipertensão, 303 com diarreia, 197 com as doenças respiratórias agudas, 46 com tuberculose e 28 com malnutrição, informou, ontem, o director clínico da unidade hospitalar. Tomás Fernandes destacou, igualmente, as 91 vítimas de traumatismos socorridos no mesmo período pela equipa médica.

Ainda no Cazenga, o Hospital Municipal socorreu, no mesmo período, 1.866 pacientes, sendo 1.096 nas consultas externas e 770 nos bancos de urgência, de acordo com a directora-geral da instituição sanitária.

A médica Maria Adelaide disse que foram diagnosticados 472 casos de malária, 28 de diarreia e 20 de broncopneumonia. A área de cirurgia do hospital, destacou, interveio em 69 casos de ferimento provocado por arma branca, 57 de agressão física e 19 de acidente de viação. “Realizamos 17 partos”, disse.

Médicos reforçam a ideia da assistência imediata

Com inúmeras convulsões e bastante debilitado, João Luanda, de dois anos, deu entrada no Banco de Urgência de Medicina, do Centro de Saúde da Samba, com parasitemia, que é a presença de parasitas da malária no sangue.

O paciente, explicou a médica clínica Rosa Manuel, ocorreu na unidade sanitária por não verificar melhoria no seu quadro clínico, após ter sido socorrido noutros hospitais e postos de saúde privados e públicos.

Para a médica, é preciso que os pais tão logo identifiquem problemas de saúde complexos, especialmente em menores, se dirijam, imediatamente, aos hospitais especializados, com profissionais habilitados para acudir situações semelhantes, antes do estado clínico piorar.

Após ser diagnosticado pelas equipas médicas, contou, o paciente foi hidratado e passou a receber o fármaco para o tratamento da doença. Hoje, disse, apesar de estabilizado, o menor continua a apresentar complicações devido à doença.

“O paciente ainda tem uma reacção anormal na pele e mucosas. Devido ao quadro de saúde complexo, a direcção clínica decidiu transferir o doente a uma unidade sanitária pediátrica, de referência e especializada para um acompanhamento profundo”, disse.