"O que temos dito agora é: temos de produzir em quantidades, mas também apostar na qualidade para podermos competir", declarou Filipe Nyusi, falando à comunicação social, à margem da cerimónia inaugural da 10.ª edição da Cimeira Global de Gujarat, no âmbito da sua visita à Índia.

A visita, com duração de quatro dias, resulta de um convite do Primeiro-Ministro indiano, Narendra Modi, com quem Filipe Nyusi esteve, primeiro, na cerimónia inaugural da Cimeira e, depois, numa reunião bilateral. Segundo a Lusa, na abertura da cerimónia, o Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, também esteve entre os convidados de honra, tendo visitado o pavilhão de Moçambique.

"Felicito Moçambique pelos progressos que eu não conhecia. Moçambique é conhecido pelo caju e pelo camarão, que não eram bem transformados. É fascinante os progressos que Moçambique fez nestes últimos 10 anos, é fabuloso", disse à comunicação social José Ramos Horta.

A visita do Chefe de Estado moçambicano à Índia enquadra-se nos esforços para o fortalecimento das relações de amizade e cooperação entre os dois países, bem como para a promoção de oportunidades de investimento em Moçambique, segundo a Presidência do país africano lusófono. A visita de Filipe Nyusi ocorre num momento em que um diferendo, em tribunal, entre duas empresas sobre a liberalização das exportações de feijão bóer para a Índia levou ao bloqueio de dezenas de toneladas deste produto em portos moçambicanos.

Terceira avaliação pelo FMI

O conselho  executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu com sucesso a terceira avaliação do programa de empréstimos trienais de Moçambique. Este desenvolvimento permite um desembolso imediato de aproximadamente 60,7 milhões de dólares para Maputo, segundo referiu ontem o FMI, citado pela Lusa,

De acordo com o último anúncio, os desembolsos totais no âmbito do programa Extended Credit Facility de 456 milhões de dólares, sancionado em 2022, ascendem agora a cerca de 273 milhões de dólares.

O FMI afirmou num comunicado que o programa tem apresentado um desempenho satisfatório, citando uma notável diminuição das pressões inflacionistas e uma aceleração na recuperação económica.

O objectivo global do acordo de três anos é fornecer apoio vital aos esforços de recuperação económica de Moçambique. Simultaneamente, visa implementar políticas que contribuam para a redução da dívida pública e abordem as vulnerabilidades de financiamento. O programa também procura criar oportunidades para investimentos públicos em áreas cruciais como capital humano, adaptação climática.