Durante uma conferência de imprensa para a apresentação dos dados epidemiológicos da doença no país, a ministra explicou que o país recebeu do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) duas mil doses de vacinas no dia 12 de Março deste ano, que foram utilizadas, no dia 15, com os habitantes da comunidade do Luinha. “Estas medidas rápidas de contenção permitiram controlar a situação por esta altura. Mas continuamos a fazer a vacinação nesta localidade”, disse.
Desde o inicio do surto, na primeira semana de Janeiro deste ano, o Executivo angolano, disse, disponibilizou os recursos financeiros que permitiram adquirir, em tempo recorde, algumas doses de vacinas. Inicialmente, avançou, foi possível adquirir 940 mil doses utilizadas nos municípios ou áreas afectadas das províncias de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo.
Províncias afectadas
De acordo com a ministra, até ontem o país contava com um total de 7.950 casos registados, dos quais 298 acabaram em óbitos, numa taxa de letalidade média de 3,7 por cento. Das 21 províncias do país, acrescentou, actualmente 14 estão afectadas com a cólera.
“O maior número de casos reportados são da província de Luanda, com 50 por cento, seguida do Bengo com 18 por cento, Icolo e Bengo com nove por cento e Cuanza-Norte com oito por cento”, esclareceu.
Na última semana, avançou, 48 por cento dos óbitos ocorreram em Luanda e 33 por cento na província do Cuanza-Norte, sendo o sexo masculino o mais afectado e a faixa etária mais afectada é a dos dois aos cinco anos.