O Governo do Burundi anunciou, esta quinta-feira, o encerramento da fronteira com o Rwanda, país com o qual mantém, há anos, uma relação tensa devido a alegações de apoio a grupos armados que actuam no seu território.
De acordo com o Burundi, o grupo RED-Tabara (Resistência pelo Estado de Direito no Burundi) lançou um ataque, em 22 de Dezembro, perto da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), matando 20 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Segundo a Lusa, em 30 de Dezembro, o Presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, acusou o Rwanda de apoiar os rebeldes, acusações que foram desmentidas por Kigali.
A RED-Tabara, o principal grupo armado que combate o regime liderado por Ndayishimiye, tem uma base na província de Kivu-Sul, no leste da RDC, e é actualmente o grupo rebelde mais activo no Burundi, com uma força estimada entre 500 e 800 combatentes.
"Fechámos as nossas fronteiras (com o Rwanda) e quem tentar ir para lá não conseguirá passar. A decisão foi tomada”, declarou, hoje, à imprensa o ministro do Interior do Burundi, Martin Niteretse, refere a mesma fonte.