As inundações que afectaram nove das 12 províncias da República do Congo nas últimas semanas afectaram 1,8 milhões de pessoas e causaram "uma catástrofe sem precedentes nas últimas seis décadas", alertou, domingo, a ONU.
O alerta foi feito pelo porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês), Jens Laerke, que precisou que mais de 350 mil pessoas necessitam de assistência humanitária devido às inundações causadas pelo transbordamento do rio Ubangi, um dos principais afluentes do Congo.
O Governo congolês declarou o estado de emergência a 29 de Dezembro e contabilizou pelo menos 23 mortos devido a estas catástrofes naturais, que também atingiram a vizinha República Democrática do Congo, onde morreram mais de 300 pessoas. O acesso a muitas zonas afectadas, que só é possível de canoa, está a dificultar os esforços de socorro, para os quais as agências da ONU reservaram 26 milhões de dólares (23,8 milhões de euros).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o risco de surtos epidémicos de doenças como a cólera, a malária, a febre de dengue e o sarampo.